Marina Guitti

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Marina Guitti de Souza

Data de nascimento: 24/08/1995

História favorita:

Adaptação do poema "O menino que carregava água na peneira" (Manoel de Barros)

Havia um menino que adorava carregar água na peneira. Sua mãe dizia que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos. Era o mesmo que catar espinhos na água ou criar peixes no bolso.

Mas o menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A mãe reparou que ele gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios eram maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo. Ele aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura e falou: "meu filho, você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda e vai encher os vazios com as suas peraltagens. Algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos."

Uma frase:

"Cheirar uma flor, assoprar uma vela."

Por que escolheu o Sorrir É Viver:

O sorrir encantou meus olhos já no primeiro ano, quando vi os clowns atuando em um Plantão Besteirológico. Desde então, só me apaixonei cada vez mais.

Esse é um projeto incrível que te permite se entregar a você mesmo e ao próximo da maneira mais honesta e simples possível. Em meio a um ambiente tão metódico e exaustivo, que é a faculdade de medicina, essa ONG proporciona trocas de sorrisos, de abraços, de olhares e de histórias. Aprendemos a nos doar ao outro, a ser aquilo que ele precisa e não o que queremos ser, a ouvir e sentir junto, deixar todos os nossos sentimentos fluírem da maneira mais humana possível.

Durante o curso de contação de histórias, a Van disse uma vez que não existem rascunhos, que a vida é uma só e tudo que a gente faz já é nossa versão final. É isso que essa ONG tão encantadora transmite, que cada momento que partilhamos com alguém é muito especial e único, na sua sutileza e raridade de ser.